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Um final de semana com feriado se aproxima. Então é uma boa hora para colocar em prática o que o artigo abaixo orienta.

Você dorme o suficiente? Os prejuízos da privação de sono para a saúde*

Ao longo das décadas, cada vez é menor a duração do sono na população. Em média, precisamos de 7 a 8h de sono por noite para sermos saudáveis. Estudos mostram que apresentar sono insuficiente está relacionado à maior mortalidade. As consequências diretas são irritabilidade, menor concentração, piora das doenças pré-existentes como diabetes, pressão alta e obesidade.

O sono é uma necessidade cíclica do organismo para seu bom funcionamento. Além de ser fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso central nos primeiros anos de vida, é durante o sono que gravamos as informações adquiridas, num processo chamado consolidação da memória. Também há a reposição das substâncias responsáveis pelo bem-estar, os neurotransmissores.

Uma das mais importantes entidades que estudam o sono, a National Sleep Foundation, publicou em 2015 a recomendação de que adultos jovens não devem dormir menos que 6h ou mais que 10 a 11h por dia. As crianças pequenas precisam de no mínimo 9 e no máximo 15h de sono a cada 24h.

Há pessoas que apresentam insônia, definida como dificuldade de iniciar ou manter o sono, queixa mais comum de problema relacionada ao sono na população. Outras se apresentam cansadas ao acordar, ou seja, um sono não reparador, que também é um sinal de má qualidade do sono.

A síndrome do sono insuficiente (ou privação de sono) se constitui quando o sono é não é suficiente para manter o alerta e desempenho adequados, segundo a Classificação Internacional de Distúrbios do Sono, 2014. Ela pode ser aguda (tempo reduzido de sono dentro de 48h) ou crônica, além de parcial (quando se dorme menos que o necessário ao longo de certos períodos) ou total.

Existem pessoas que são privadas de sono não pela quantidade de horas dormidas, mas porque a qualidade do sono obtida não é adequada para a reparação do organismo.

A privação de sono é muito comum na sociedade atual e está relacionada à irritabilidade, depressão e outras alterações psicológicas. Também se observa baixo rendimento no trabalho, maior chance de acidentes de trânsito e complicações cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Estudos mostram que, além das implicações neurocognitivas, há prejuízo da imunidade, com menor resistência a infecções. Dormir menos que o necessário predispõe ao ganho de peso, pela alteração dos hormônios que regulam o apetite.

Pessoas que apresentam alterações em seu sono devem abordar esse tema com seus médicos ou procurar um especialista em Medicina do Sono. No dia 21 de  março é comemorado o Dia Mundial do Sono. Várias atividades estão programadas nacionalmente para alertar as pessoas para a importância do sono. Clique e saiba mais informações pelo site da Associação Brasileira do Sono: www.absono.com.br.

* Dra. Eline Rozária Ferreira Barbosa – Médica Especialista em Neurologia, lotada na Policlínica do Policial Militar, mantida pela Fundação Tiradentes no Entorno do Distrito Federal. É membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, membro certificado pela Associação Brasileira do Sono e especialista em Medicina do Sono pela Associação Médica Brasileira.

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