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Artigo: Envelhecimento Masculino

ten Thiago Marques - minicurriculo ok * Artigo escrito pelo 2º Tenente Thiago Marques de Oliveira – Médico Urologista do Hospital do Policial Militar – Membro da Sociedade Brasileira de Urologia,  publicado no dia 14 de maio de 2015, no Jornal Diário da Manhã – Caderno “Opinião Pública”, pág. 04. 

  • Disfunção erétil
  • Diminuição da libido (desejo sexual)
  • Episódios depressivos
  • Cansaço
  • Aumento da gordura abdominal
  • Perda de massa muscular
  • Diminuição da densidade mineral óssea (osteoporose)
  • Alterações cognitivas como mudança do humor, dificuldade de concentração e problemas de memória.

Se você, homem, apresenta alguns desses sintomas, poderá estar diante do DAEM – Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino.

O aumento da expectativa de vida da população e a procura de uma longevidade com qualidade e bem-estar, têm desencadeado um interesse cada vez maior em identificar e tratar as deficiências hormonais que acompanham o homem idoso. No homem a função testicular é afetada de maneira progressiva, levando a uma diminuição lenta e gradual na produção de testosterona, ao contrário do que ocorre na menopausa feminina, na qual há um acentuado declínio hormonal com falência funcional dos ovários.  Por esta razão, as manifestações clínicas do hipogonadismo do homem adulto são mais sutis, não sendo identificadas com facilidade.

O diagnóstico do DAEM tem como base a queda de testosterona e presença de sintomas característicos como os citados inicialmente. As manifestações clínicas do DAEM são inespecíficas e comuns a diversas outras situações médicas, tornando a dosagem da testosterona sérica um instrumento indispensável para a confirmação do diagnóstico.

O método mais utilizado para o diagnóstico laboratorial do DAEM é a dosagem da testosterona total em 2 amostras distintas. Quando houver dúvida no diagnóstico laboratorial de hipogonadismo pela dosagem da testosterona total, recomenda-se utilizar a medida da testosterona livre calculada a partir das dosagens dos valores do SHBG e da albumina.

A terapia de reposição hormonal com testosterona é a forma mais utilizada no tratamento dos homens com DAEM e tem como objetivo atenuar os sintomas relacionados ao hipogonadismo. A reposição androgênica deve seguir certos parâmetros, de maneira a respeitar as necessidades biológicas do paciente e a manutenção de concentrações fisiológicas de testosterona no sangue. As injeções intramusculares disponíveis no país podem ser aplicadas com intervalos que variam de três semanas até três meses. A apresentação injetável de undecilato de testosterona de efeito prolongado é uma formulação que propicia níveis terapêuticos mais estáveis e fisiológicos por um período de até doze semanas. É uma opção terapêutica confortável e segura para os pacientes. Outras formas de reposição de testosterona têm ganhado o mercado nos últimos anos como por meio de géis e adesivos cutâneos usados diariamente.

É importante esclarecer que a reposição androgênica, na maioria dos homens idosos, é um compromisso para toda a vida e, embora traga benefícios, apresenta riscos que obrigam o médico e o paciente a um acompanhamento contínuo. Estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, prática de exercícios físicos regulares, uma boa qualidade do sono, não fumar e não engordar são ótimas recomendações que podem retardar ou diminuir o aparecimento da deficiência de testosterona e seus sintomas. Entre as contra-indicações para Terapia Hormonal Masculina está o câncer de próstata ou de mama masculina. O acompanhamento médico durante o tratamento é primordial para a segurança do paciente. Deve-se realizar avaliação da próstata antes, durante e após a reposição. Além disso, outros exames laboratoriais são periodicamente necessários, entre eles o hemograma, glicose, colesterol e suas frações, triglicérides e testosterona.

A reposição hormonal masculina, realizada de maneira responsável, é importante para melhorar significativamente a qualidade de vida e o bem-estar dos homens, mas é evidente que o acompanhamento médico é essencial, a fim de garantir tanto o sucesso, quanto a segurança do tratamento.

 

 

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