No dia 12 de março está sendo celebrado o Dia Mundial do Rim: campanha com foco em alertar a população sobre a mudança de hábitos a fim de prevenir doenças relacionadas ao órgão, como Doença Renal Crônica (DRC) e o cálculo renal.
O urologista do Hospital do Policial Militar (HPM), 2º Tenente Raul Moreira Messias, destaca alguns cuidados básicos que devemos ter para evitar problemas nos rins. Segundo o especialista, é muito importante a ingestão hídrica de uma proporção de 2 litros e meio de água ao dia, realizar prevenção e tratamento de doenças crônicas, causadoras de lesões renais, tais como diabetes; hipertensão; doenças autoimunes e alterações metabólicas; bem como tratamento de eventuais cálculos renais e infecções do trato urinário.
Transplante
A Secretária do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) e do Serviço de Enfermagem, do Hospital do Policial Militar (HPM), 2º Tenente Zilda Marta Borges Ribeiro de 47 anos, realizou no mês de fevereiro deste ano, a doação de um rim ao seu esposo, Levi Rodrigues Ribeiro da Silva, de 43 anos.
Tenente Zilda conta que em 2005, Levi começou apresentar problemas de hipertensão e passou a controla-la através de medicamentos. Com isso, a função renal entrou em estado de decadência, fazendo com que seus dois rins parassem de funcionar adequadamente obrigando-o a realizar sessões de hemodiálise por quase 03 anos.
Há quase 11 anos casados, Tenente Zilda ressalta que “doação é um gesto que envolve amor e a busca pelo bem do próximo. Uma pessoa que doa algum órgão normalmente vive plenamente saudável após o procedimento.” Para a militar, o grande problema é o medo que as pessoas possuem a respeito do futuro. Ou seja, geralmente o doador fica preocupado em relação ao seu estado de saúde após a doação e se conseguirá levar uma vida com qualidade.
Segundo o urologista do HPM, após a doação de um órgão é necessário uma etapa de permanente acompanhamento com equipe multidisciplinar (nefrologia, urologia, psicologia, nutricionista, dentre outros profissionais), além do uso contínuo de medicações imunossupressoras pelo receptor e motorização da função renal pelo doador. Seguindo as orientações, tanto o doador como o receptor, podem levar uma vida normal.
A doadora decidiu expor sua história a fim de incentivar as pessoas a realizarem o ato de doar: “Isso deve ser resolvido com depoimentos positivos e histórias verídicas de cases de sucesso. Em meu caso, decidi doar meu rim em virtude do amor pela nossa família e pela possibilidade de meu esposo passar a ter uma vida normal e continuarmos construindo nossa história dentro daquilo que Deus tem planejado para nós, lembrando que, nossa compatibilidade foi de 100% caso este, considerado pela equipe médica, algo raro até mesmo entre irmãos. Temos uma filha de 5 anos e precisamos muito de saúde para conduzi-la e educá-la.”, afirma.